Como ajudar seu filho a lidar com a frustração na escola
A escola é um ambiente cheio de desafios, e é natural que as crianças enfrentem a frustração ao longo do caminho. No entanto, a forma como elas lidam com essas emoções pode impactar não apenas o desempenho acadêmico, mas também a autoestima e a capacidade de enfrentar desafios no futuro. A educação emocional é uma ferramenta poderosa para ajudar os filhos a desenvolver resiliência e autoconfiança.
Por que a frustração é importante
A frustração é uma emoção natural e necessária para o desenvolvimento infantil. Ela ensina as crianças a lidar com limites, a persistir diante de dificuldades e a buscar soluções para problemas. Quando bem direcionada, a frustração pode ser um motor para o crescimento.
Como identificar sinais de frustração:
Algumas crianças expressam a frustração de forma clara, com choro ou irritação. Outras podem internalizar as emoções, apresentando mudanças de comportamento, como falta de interesse pela escola, isolamento ou até sintomas físicos (dor de barriga, dor de cabeça). Fique atento a esses sinais e abra espaço para o diálogo.
Ferramentas para acolher as emoções:
Quando seu filho estiver frustrado, evite minimizar o problema (“Isso não é nada”) ou compará-lo com outras crianças (“Seu irmão nunca reclamou disso”). Em vez disso, valide as emoções dele:
– “Eu entendo que você está chateado porque não conseguiu tirar a nota que queria.”
– “Parece que você está bravo porque seu amigo não quis brincar com você.”
Essa validação ajuda a criança a se sentir compreendida e abre espaço para ela compartilhar mais sobre o que está sentindo.
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4. Ensinando resiliência:
Resiliência é a capacidade de enfrentar desafios sem desistir. Para ajudar seu filho a desenvolvê-la, incentive-o a encarar os problemas como oportunidades de aprendizado. Por exemplo:
– Se ele tirou uma nota baixa, pergunte: “O que você acha que poderia fazer diferente da próxima vez?”
– Se ele está com dificuldade em uma matéria, sugira: “Vamos pensar em uma estratégia para estudar isso juntos?”
Celebre pequenos progressos e mostre que errar faz parte do processo de aprendizado.
Casos práticos de frustrações na escola:
Notas baixas: Seu filho chega em casa triste porque tirou uma nota ruim. Em vez de criticar, diga: “Eu sei que você se esforçou. Vamos ver onde você teve dificuldade e como podemos melhorar?”
Conflitos com colegas: Ele reclama que um amigo não quer mais brincar com ele. Valide a emoção: “Isso deve ter sido difícil para você. O que você acha que podemos fazer para resolver isso?”
Dificuldade de aprendizagem: Ele está com problemas para entender uma matéria. Mostre apoio: “Todo mundo tem dificuldade em alguma coisa. Vamos encontrar uma forma divertida de estudar isso?”
A educação emocional não elimina as frustrações da vida, mas dá às crianças as ferramentas para lidar com elas de forma saudável. Ao acolher as emoções do seu filho, ensinar resiliência e manter um diálogo aberto, você estará ajudando-o a construir uma base sólida para enfrentar não apenas os desafios escolares, mas também os obstáculos que surgirão ao longo da vida.

Leonardo Sequeira da Silva é Psicólogo, atende adultos, crianças e famílias. É orientador parental, especialista em Burnout Materno. Mais de 15 anos de experiência, atendendo famílias e escolas. Já atendeu mais de 1.000 famílias. (CRP 07/21481).
Atendimento psicológico em Porto Alegre e online.
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Referencial Teórico
Disciplina Positiva:
1. Disciplina Positiva – Jane Nelsen. Livro-base sobre o conceito de Disciplina Positiva, abordando práticas respeitosas e encorajadoras para famílias, professores e crianças.
2. Disciplina Positiva para Crianças de 0 a 3 Anos – Jane Nelsen, Cheryl Erwin e Roslyn Duffy. Guia prático para os primeiros anos de vida da criança.
3. Disciplina Positiva para Crianças com Deficiência – Jane Nelsen, Steven Foster e Arlene Raphael. Enfoque na educação respeitosa de crianças com necessidades especiais.
4. Disciplina Positiva na Sala de Aula – Jane Nelsen, Lynn Lott e H. Stephen Glenn. Abordagem para educadores aplicarem os princípios da Disciplina Positiva no ambiente escolar.
5. Disciplina Positiva para Adolescentes – Jane Nelsen, Lynn Lott e Cheryl Erwin. Estruturado para ajudar pais e educadores a lidarem com os desafios da adolescência.
Comunicação Não-Violenta (CNV):
1. Comunicação Não-Violenta: Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais – Marshall B. Rosenberg. Livro essencial que apresenta o conceito e a aplicação da CNV em diferentes contextos.
2. Educar com Amor: A Comunicação Não-Violenta com Crianças – Marshall B. Rosenberg e Inbal Kashtan. Focado na aplicação da CNV em contextos de educação infantil e familiar.
3. Vivendo a Comunicação Não-Violenta – Marshall B. Rosenberg. Compilação de exercícios práticos e exemplos para incorporar a CNV no dia a dia.
4. Criando Filhos Compassivos: Comunicação Não-Violenta para Pais – Marshall B. Rosenberg e Victoria Kindle Hodson. Guia específico para pais adotarem práticas de comunicação empática.
Daniel Siegel (Neurociência e Educação Emocional):
1. O Cérebro da Criança – Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson. Aborda o desenvolvimento cerebral infantil com estratégias práticas para pais e educadores.
2. Disciplina sem Drama – Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson. Explica como criar conexões saudáveis entre pais e filhos com base no funcionamento do cérebro.
3. Crianças Autônomas, Cérebro Saudável – Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson. Explora como incentivar a autonomia das crianças enquanto se fortalece o vínculo afetivo.
4. O Poder da Presença – Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson. Guia para os pais sobre como o relacionamento presente e consciente pode moldar positivamente o cérebro das crianças.
5. Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso – Carol S. Dweck